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Cerca de 10 mil pessoas protestaram contra o governo nesta sexta-feira (8) em Ierevan, capital da Armênia, e ocuparam uma praça central da cidade após a tropa de choque ter se retirado para evitar um confronto.

Pedindo a renúncia do governo e a antecipação das eleições, os manifestantes se reuniram e marcharam para a Praça da Liberdade, cercada por policiais com cassetetes e escudos. Mas a polícia se retirou, permitindo que os manifestantes continuassem seus protestos e fizessem discursos. A praça foi cena de violentos choques com a polícia em 2008, que acabaram com dez pessoas mortas.

O líder do oposicionista Congresso Nacional Armênio, o ex-presidente Levon Ter-Petrossian, alertou o governo que mais protestos radicais estão a caminho e poderão ocorrer se as demandas dos manifestantes não forem atendidas até o final de abril. "Nós não demos um ultimato às autoridades, mas a paciência do povo tem limite", disse.

Outro político importante do Congresso Nacional Armênio, Levon Zurabian, pediu aos ativistas que preparem uma campanha de desobediência civil. "Nós estamos entrando em um novo estágio na nossa luta", afirmou.

A oposição armênia está furiosa com as condições sociais ruins no país e as contínuas detenções de ativistas supostamente envolvidos na violência de 2008. A oposição afirma que as autoridades interromperam parte do transporte público ao centro de Ierevan hoje, para impedir que moradores dos subúrbios e de outras cidades protestassem. O Congresso Nacional Armênio prometeu uma "revolução de veludo", que não será sangrenta.

Mas o Partido Republicano, do presidente Serge Sarkissian, diz que não pretende antecipar as eleições parlamentares, previstas para 2012, e trabalha para melhorar as condições sociais na Armênia, um empobrecido país no Cáucaso. Após anos de recessão, a economia armênia se recuperou em 2010, mas a renda per capita do país permanece baixa, ao redor de US$ 5.600 por ano. O país tem 3 milhões de habitantes.

Desde a guerra do Nagorno-Karabakh com o Azerbaijão, em 1994, a Armênia também sofreu com o isolamento e com o fechamento de fronteiras com seus vizinhos Turquia e Azerbaijão. As informações são da Dow Jones.

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