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Ônibus do transporte público é incendiado durante protestos por mudanças na educação pública, em Santiago | Eliseo Fernandez/ Reuters
Ônibus do transporte público é incendiado durante protestos por mudanças na educação pública, em Santiago| Foto: Eliseo Fernandez/ Reuters

A polícia chilena dissolveu nesta quarta-feira (8) no centro de Santiago uma concentração de estudantes do ensino médio que pretendiam marchar por um trajeto não autorizado pela prefeitura, o que gerou violentos distúrbios, inclusive a queima de dois ônibus do transporte público.

Os estudantes queriam marchar pela Alameda, principal avenida da capital, mas a prefeitura desprezou essa solicitação e propôs dois percursos alternativos que foram rechaçados pela Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino médio (ACES), organizadora da passeata.

Com a intenção de transitar pela Alameda, os jovens se concentraram a partir das 10 horas locais (11 horas de Brasília) nas calçadas da Plaza Itália, ponto nevrálgico de Santiago, e a tensão se elevou quando os estudantes começaram a ocupar a calçada e interromper o trânsito.

Segundo relato presencial, no momento em que os estudantes tentavam avançar rumo à Alameda, os policiais usaram jatos de água e gás, além de guardas montados em cavalos, para dispersar a multidão, que por sua vez contra-atacava com pedras e outros objetos.

Nos arredores da Plaza Itália, dois ônibus do transporte público foram totalmente queimados, sem que se saiba ainda se o incêndio começou com algum ocupante em seu interior.

Faltando cálculos oficiais, a estimativa é que a frustrada passeata tenha reunido cerca de cinco mil pessoas.

A mobilização foi respaldada pelos universitários, agrupados na Confederação de Estudiantes do Chile (Confech).

A última grande manifestação, a terceira deste ano organizada pela Confech, reuniu no último dia 28 de junho mais de 100 mil pessoas em Santiago.

Os jovens protestam contra o sistema imposto em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que reduziu a participação do Estado na educação, e pedem um modelo público, gratuito e de qualidade.

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