• Carregando...
Jovem participante do protesto em Hong Kong terminou ferido no embate com moradores | Alex Hofford/Efe
Jovem participante do protesto em Hong Kong terminou ferido no embate com moradores| Foto: Alex Hofford/Efe

Exemplo

Peculiaridades dos protestos em Hong Kong.

Educação

Parte do noticiário sobre as manifestações pró-democracia nas ruas honconguesas destaca o quanto os integrantes da multidão são educados e pacíficos.

Limpos

Participantes usando sacos de lixo recolheram até bitucas de cigarro que se acumularam nas ruas em meio aos protestos.

Biblioteca

Há uma pequena biblioteca improvisada para quem quiser emprestar livros e arranjar um jeito de passar o tempo enquanto fazem pressão sobre o Executivo do território.

Tarefa

Fotógrafo flagrou estudantes fazendo deveres de casa no meio da muvuca. A imagem foi publicada pelo jornal O Globo como uma forma de destacar o senso de responsabilidade dos asiáticos.

Sovacos

Uma manifestante chegou a compartilhar o desodorante. Ela segurava um cartaz anunciando que o uso era gratuito para quem quisesse, porque, segundo ela, o calor "deixava algumas pessoas suadas".

  • Milhares de pessoas ocuparam as ruas ontem, em dia marcado por embates físicos e verbais
  • Ontem, guarda-chuvas que deram nome à

Empurrando e gritando, centenas de moradores de Hong Kong tentaram ontem expulsar os ativistas pró-democracia das ruas, um sinal de elevação das tensões em relação aos protestos que já duram uma semana e que fecharam partes da cidade.

As brigas no abarrotado distrito de Mong Kok, em Kowloon, uma das várias áreas onde os manifestantes acampam, foram os eventos mais caóticos desde que a polícia usou gás lacrimogêneo e spray de pimenta no fim de semana passado, na tentativa de dispersar os manifestantes, que exigem reformas eleitorais no território chinês.

A polícia teve dificuldades para manter a ordem. Pessoas visivelmente mais velhas tentavam expulsar os manifestantes, jovens e em maior número, aos gritos e às vezes com empurrões. Os ativistas deram as mãos enquanto tentavam se manter firmes contra o avanço da multidão.

A polícia formou cordões e escoltou alguns dos manifestantes para longe das centenas de pessoas que gritavam "vão para casa!".

Em Causeway Bay, outra área ocupada pelos manifestantes, grupos de jovens usando máscaras foram expulsos dos protestos pela polícia. O porta-voz da polícia, Steve Hui, fez um apelo ao público para que "observe as leis de Hong Kong quando expressam suas opiniões".

Os manifestantes estão nas ruas desde sexta-feira da semana passada, fazendo pressão para que o governo reverta uma decisão recente, segundo a qual um comitê, ligado a Pequim, aprovará os candidatos que participarão da primeira eleição em Hong Kong para a escolha do líder do território.

O pleito está marcado para 2017. Os manifestantes querem que qualquer pessoa possa se candidatar.

Os protestos representam o maior desafio à autoridade de Pequim desde que a China retomou o controle do ex-território britânico, em 1997.

Organizar

A principal funcionária civil de Hong Kong, a secretária-executiva Carrie Lam, disse ontem que começou a organizar as conversações com os manifestantes, que mantêm os protestos depois que o chefe do Executivo, Leung Chun-ying, rejeitou os pedidos para que renunciasse.

"Estou muito preocupada com os confrontos que vimos nas ruas", disse Lam. "As emoções estão à flor da pele e há grandes chances de conflitos nas ruas. Então, peço aos manifestantes que ocupam partes do território que considerem a possibilidade de um recuo para que a polícia possa restaurar a lei e a ordem."

Grupo de estudantes interrompe diálogo com o governo

Estadão Conteúdo

A Federação de Estudantes de Hong Kong disse que decidiu interromper as negociações com o governo em razão do que chamaram de falta de atitude da polícia a respeito da violência contra os manifestantes, o que inclui o ataque de grupos do crime organizado.

"O governo e a polícia permitiram que tríades [grupos mafiosos chineses] e outras forças atacassem manifestantes pacíficos, efetivamente colocando um fim à negociação. Eles devem ser responsabilizados", disse a Federação em comunicado divulgado no Facebook.

Os envolvimento de grupos do crimes organizado, ou tríades, não pôde ser confirmado, mas pessoas não identificadas têm sido vistas atacando os manifestantes.

"O governo havia dito ontem que desejava conversar com os estudantes, mas hoje perdeu a confiança do público. Eles reprimiram sem justificativa o movimento Occupy, o que efetivamente representa uma remoção", diz o documento. "Enquanto o governo vai contra si mesmo, não há escolha a não ser interromper as negociações."

No comunicado, a Federação ainda pede que os cidadãos saiam para as ruas e protejam vários locais de protesto, já que o governo planeja remover os manifestantes das áreas de reunião.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]