Restrição de manifestações com interrupção do trânsito gerou críticas da esquerda e do peronismo| Foto: EFE/ Matías Martín Campaya
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Após a aprovação do texto-base do megaprojeto do governo Javier Milei chamado "Lei Omnibus" na Câmara dos Deputados da Argentina, na sexta-feira (2), houve confrontos entre policiais e manifestantes contrários às políticas de austeridade do novo presidente argentino.

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Durante as discussões do megaprojeto de Milei com 300 artigos sobre diversos temas, como reforma tributária, autonomia do Banco Central, privatizações e desregulamentações, houve tentativas de bloquear o tráfego nos arredores do Congresso em Buenos Aires na última quarta (31) e quinta-feira (1º), que levou agentes de várias forças federais mobilizadas a agir com força.

Spray de pimenta, balas de borracha e jatos d'água foram novamente usados contra os manifestantes, que jogaram objetos contra os policiais. O grupo estava com os rostos cobertos por lenços e máscaras, quebraram partes das calçadas para usar os pedaços contra os agentes da segurança pública e também atearam fogo em um contêiner de lixo.

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Os manifestantes que bloquearam a avenida adjacente ao Congresso e foram forçados pela polícia a liberar as pistas se concentraram na praça em frente batendo palmas para protestar contra a aprovação do projeto de lei na Câmara.

Durante os três dias de debate, houve vários momentos de tensão entre os manifestantes e os agentes de segurança, que atuaram de acordo com o restrito protocolo de segurança implementado pelo governo Milei para reprimir quem interrompesse o tráfego de veículos.

A ação policial na Praça do Congresso durante todo o debate sobre a "Lei Omnibus" foi amplamente criticada pela esquerda, pelo peronismo e entidades como a Defensoria Pública da Cidade de Buenos Aires, que solicitou uma investigação sobre a possível prática de crimes pelas forças de segurança.