Cerca de 200 jornalistas realizaram enste domingo (23) uma manifestação em Sanaa para exigir a libertação da ativista Tawakel Karman e de outros detentos, e testemunhas afirmaram que estudantes entraram em conflito com a polícia na capital iemenita. Os jornalistas marcharam até o escritório do promotor para exigir a libertação dos detentos, mas saíram sem receber nenhuma informação sobre o destino deles.

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Karman, conhecida por ter se envolvido em protestos pró-Tunísia nos quais foram feitos pedidos para mudanças políticas no Iêmen, lidera o grupo de direitos humanos Women Journalists Without Chains (Mulheres Jornalistas sem Correntes). A polícia iemenita prendeu Karman em uma rua de Sanaa quando ela ia para casa com seu marido durante a noite, de acordo com ativistas que recusaram-se a se identificar.

O motivo de sua prisão não ficou claro, mas ela está sendo mantida na principal prisão de Sanaa, de acordo com sua família. Uma autoridade de segurança disse que a prisão se deveu a um mandado emitido por promotores, sem dar explicações. "A detenção de Karman é uma ofensa criminal e um ato imoral", disse Mohammed Qobati, porta-voz da oposição parlamentar do Iêmen, em um comunicado emitido hoje.

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Karman, membro do comitê central do partido de oposição islâmico Al-Islah (Reforma), esteve envolvida nas manifestações em Sanaa de apoio à revolta popular na Tunísia que derrubou o presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali. Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, após 23 anos no poder.

Houve confrontos também do lado de fora da Universidade de Sanaa hoje, quando forças de segurança tentaram dispersar dezenas de estudantes e ativistas que pediam mudanças políticas, disseram testemunhas. Ativistas disseram que 19 pessoas foram presas nos dois eventos hoje, sendo que algumas foram depois liberadas. Um dos detidos, Khaled al-Ansi, recusou-se a sair até que Karman seja libertada, disseram os ativistas, que pediram para que seus nomes não fossem divulgados.