Bradley Manning, soldado condenado por repassar dados confidenciais ao WikiLeaks, está disposto a arcar com as despesas de uma terapia hormonal enquanto cumpre sentença em Fort Leavenworth. O desejo do soldado, que recentemente declarou a vontade de ser conhecido como Chelsea, é desenvolver características femininas.

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Na segunda-feira, o advogado de defesa David Coombs disse esperar que a prisão militar "faça a coisa certa" e permita o tratamento. Coombs afirmou que no momento o soldado não pensa em se submeter a uma cirurgia para a troca de sexo e que espera continuar na prisão masculina. O tratamento com estrogênio proporciona características femininas como o desenvolvimento de seios.

O advogado afirmou que seu cliente já sabia que o Exército não deveria financiar o procedimento, mas espera que não haja obstáculos ao tratamento. Ele argumenta que Manning foi diagnosticado com desordem de identidade de gênero pelo psiquiatra da corporação que testemunhou em seu julgamento.

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Ex-analista de inteligência do Exército, Manning foi condenado por fornecer mais de 700 mil arquivos secretos, vídeos de batalhas e comunicações diplomáticas para o WikiLeaks, na maior violação de dados secretos da história dos EUA. Ele cumpre pena no Quartel Disciplinar dos EUA em Fort Leavenworth, no Kansas. Na última quinta-feira, ao expressar sua vontade de viver como mulher, ele declarou se sentir assim desde a infância.

"Na transição para esta nova fase da minha vida, quero que todos saibam meu verdadeiro eu. Sou Chelsea Manning, sou uma mulher. Devido à maneira como me sinto e tenho me sentido desde a infância, desejo começar uma terapia hormonal o mais cedo possível", disse Manning em um comunicado.

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