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Fortes chuvas se aproximavam nesta terça-feira de uma base onde a Coréia do Norte está preparando o lançamento de um míssil de longo alcance. O mau tempo pode adiar o teste, que é motivo de atrito com outras potências regionais, incomodadas com o programa nuclear norte-coreano.

Autoridades americanas dizem que imagens de satélite mostram que Pyongyang acabou de abastecer o míssil Taepodong-2, que, segundo alguns especialistas, teria capacidade de atingir o Alasca.

Mas alguns especialistas dos Estados Unidos dizem que as indicações de um lançamento iminente se baseavam em informações incompletas e não apontavam para nada conclusivo, relatou o "Washington Post" na terça-feira.

Seul, Tóquio e Washington afirmam que o lançamento seria uma grave ameaça à segurança regional. Estados Unidos e Japão prometeram tomar duras medidas em retaliação caso a Coréia do Norte prossiga com o teste.

A Coréia do Sul ainda não está certa de que a Coréia do Norte terminou de abastecer o míssil. Já o maior aliado do pequeno país comunista, a China, disse não ter detalhes de nenhum preparativo de lançamento e pediu calma.

O instituto de previsões meteorológicas da Coréia do Sul prevê tempestades nesta terça-feira na província de Hamgyong do Norte, onde fica uma base de lançamento norte-coreana. O clima deve continuar ruim pelo resto da semana.

Analistas dizem que nuvens e tempestades dificultariam a tarefa de acompanhar a trajetória do míssil no ar, diminuindo, assim, as probabilidades de lançamento.

- Você não quer testar o lançamento de um míssil durante uma tempestade - disse Peter Beck, analista para assuntos coreanos do International Crisis Group.

As notícias sobre os preparativos para o teste acontecem durante um impasse no diálogo entre seis países sobre o programa nuclear norte-coreano. Alguns analistas acreditam que Pyongyang se irritou com a mudança de foco da atenção mundial para o projeto nuclear do Irã.

Peter Beck disse que, ao acenar com a possibilidade de um teste de míssil, a Coréia do Norte conseguiu atrair a atenção global, e acrescentou que não sabe se Pyongyang cancelaria o teste diante da pressão internacional.

- Se eles estão apenas usando táticas de barganha, eles voltariam atrás, mas... eles não são conhecido por utilizar jogos táticos - acrescentou.

A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, disse na segunda-feira que um teste de lançamento seria visto como um "ato de provocação" que isolaria ainda mais Pyongyang.

Especialistas em proliferação nuclear afirmam que é pouco provável que a Coréia do Norte tenha tecnologia para miniaturizar uma ogiva nuclear para que ela possa ser transportada por um míssil. Em Seul, um porta-voz do partido governista Uri afirmou que o governo fez um chamado ao país vizinho para que não lance o míssil.

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