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Conrad Murray foi o médico pessoal de Michael Jackson | Reuters
Conrad Murray foi o médico pessoal de Michael Jackson| Foto: Reuters

O secretário de Justiça da Califórnia pediu na terça-feira à Justiça que proíba o médico Conrad Murray de clinicar enquanto ele permanecer como suspeito de envolvimento na morte do cantor Michael Jackson.

O secretário Jerry Brown apresentou o pedido à Corte Superior de Los Angeles, em nome do Conselho Médico da Califórnia, propondo a cassação provisória do registro profissional de Murray como condição para que ele possa responder sob fiança ao processo em que é acusado de homicídio culposo (sem intenção).

Jackson morreu em 25 de junho, aos 50 anos, vítima de uma overdose de medicamentos. A polícia diz que Murray, médico particular do cantor, admitiu ter administrado uma grande dose do anestésico propofol para ajudar o artista a dormir.

"O réu teria administrado uma dose letal de propofol e outras drogas poderosas ao paciente M.J., o que resultou na morte do paciente", disse Brown na petição de 12 páginas.

"O exercício de tal julgamento profissional e colocar a vida de um paciente em risco exige que o Conselho (Médico da Califórnia) tome medidas para proteger o público de futuros danos."

À Justiça, o cardiologista se declarou inocente. Ele está livre graças a uma fiança de 75 mil dólares, mas pode ser condenado a quatro anos de prisão.

A autopsia no corpo de Jackson, que na época da morte ensaiava para uma temporada de shows com a qual retomaria sua carreira, encontrou analgésicos, sedativos e um estimulante no organismo dele.

Murray e seus advogados insistem que ele não fez nada de errado. Murray afirmou à polícia que não foi o primeiro médico a dar propofol para ajudar Jackson a dormir.

No mês passado, um juiz rejeitou um pedido de promotores de Los Angeles para suspender o registro profissional de Murray, mas ordenou que ele não use anestesia em seus pacientes.

Brown, ex-governador da Califórnia que anunciou em 2 de março que buscará a indicação democrata para voltar ao cargo, tem travado uma campanha contra médicos que emitem receitas indiscriminadamente.

Entre os casos que seu gabinete já investigou estão a morte, em fevereiro de 2007, da ex-modelo Anna Nicole Smith, aos 39 anos, vítima de uma overdose de medicamentos. Howard Stern, companheiro dela, e dois médicos serão levados a julgamento por esse caso.

Brown diz que seu departamento irá investigar também a morte, em 12 de março, do ator Corey Haim, de 38 anos, aparentemente também vítima de excesso de remédios.

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