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Mutilação genital é prática comum em comunidades islâmicas do Norte da África | Pixabay
Mutilação genital é prática comum em comunidades islâmicas do Norte da África| Foto: Pixabay

 Uma garota de 10 anos sangrou até a morte depois de sofrer uma operação de mutilação genital na Somália, informou uma ativista. O país registra os maiores índices mundiais de realização da prática. 

 A menina morreu em um hospital na segunda-feira, 16, dois dias após a mãe a levar a um circuncidador em uma área remota perto da cidade de Dhusamareb, no centro do Estado de Galmudug, disse em um comunicado Hawa Aden Mohamed, do Centro Educacional Galkayo para Paz e Desenvolvimento.

"Suspeita-se que o circuncidador tenha cortado uma veia importante durante a operação", afirmou Hawa Aden. A prática é comum em tribos africanas, mas não é um preceito do islamismo.

Prática tradicional

Cerca de 98% das mulheres e meninas da região do Chifre da África são submetidas ao processo de mutilação genital feminina, de acordo com informações das Nações Unidas. Enquanto a Constituição da Somália proíbe a prática, Hawa Aden afirmou que nenhuma lei foi decretada para garantir que aqueles que realizam essas operações sejam punidos. 

Nossas convicções:  A valorização da mulher

Alguns deputados "temem perder sua influência política entre os poderosos grupos conservadores tradicionais e religiosos, inclinados a manter a prática", explicou a ativista. 

 Funcionários da área de saúde alertam para os riscos do procedimento, que, em muitos casos, remove a genitália externa e a vagina é costurada e fica quase fechada. 

Desafio

 Apesar das campanhas na Somália contra a prática, ela é "realizada em segredo". "Reduzi-la tem sido um grande desafio", disse Brendan Wynne, da Donor Direct Action, que tem sede em Nova York e reúne ativistas mulheres do mundo inteiro. 

 Cerca de 200 milhões de mulheres e crianças em 30 países já sofreram mutilação genital, afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que qualifica o procedimento como uma "bruta violação dos direitos humanos das mulheres e meninas".

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