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| Foto: Valery Hache/AFP

“Traga mais armas em 5 [minutos].” Foi com essas palavras em um SMS enviado do celular de Mohamed Lahouaiej Bouhlel que a polícia francesa encontrou o primeiro indício de que o tunisiano não agiu de forma solitária.

O SMS foi enviado às 22h27 da noite de quinta-feira, cerca de 15 minutos antes do início do massacre na promenade des Anglais, a avenida beira-mar de Nice.

Seu destinatário seria um homem que, segundo o canal BFMTV, foi identificado como Choukri, e está preso. Neste domingo, mais dois homens sob investigação por possível conexão com o crime foram presos, elevando o total de suspeitos a sete.

Depois de analisar os dados contidos no celular de Bouhlel, encontrado no caminhão que havia sido alugado três dias antes do crime, a polícia deteve Choukri e os outros homens, mas não está claro se eles faziam parte de uma célula terrorista ou de uma quadrilha que praticava crimes comuns.

Bouhlel tinha em seu histórico episódios de violência machista e uma condenação a seis meses de prisão por uma agressão em briga de trânsito.

No sábado (16), o Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado de Nice, que deixou 84 pessoas mortas e 202 feridos. Neste domingo 85 pessoas continuam internadas, 28 delas em estado grave.

O Estado Islâmico proclamou que Bouhlel era seu “soldado”, mas os serviços de inteligência não o haviam detectado como suspeito.

Um dos homens detidos em conexão com Bouhlel seria quem teria fornecido a informação de que o tunisiano teria se radicalizado “muito rapidamente” nas últimas semanas, citada pelo ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve.

Câmeras de segurança captaram imagens do caminhão usado no atentado circulando pela promenade des Anglais nos dois dias anteriores ao crime, em mais um indício de que houve uma preparação prévia, e não um ato impulsivo.

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