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Montevidéu – Os chanceleres do Mercosul se reunirão na próxima sexta-feira de forma extraordinária em Buenos Aires para discutir assunto urgentes, afirma o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Reinaldo Gargano. A reunião será realizada em Buenos Aires, já que a Argentina ocupa a Presidência do bloco regional este semestre, formado por Brasil, Paraguai e Uruguai.

A entrada da Venezuela no Mercosul é um dos assuntos urgentes e prioritários da agenda da reunião, depois que a minuta do protocolo de adesão do país foi aprovada em 24 de maio. Os chanceleres analisarão aspectos como a dificuldade para que a Venezuela assuma toda a legislação vigente do bloco, altere tratados comerciais com outros países e se desvincule da Comunidade Andina antes de 21 de julho, data da cúpula semestral do bloco. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, quer a incorporação ao Mercosul no máximo até julho.

Outro dos temas que certamente gerará tensão entre os ministros será a intenção uruguaia de discutir a suposta violação pela Argentina do Tratado de Assunção, que estabelece a livre circulação de pessoas e bens na região. Neste aspecto, Gargano foi taxativo: "Falaremos sobre o assunto porque eu estarei na reunião e o colocarei sobre a mesa".

O Uruguai pediu várias vezes no último trimestre à Presidência rotativa que convoque um conselho extraordinário para discutir a possível violação do Tratado, mas a Argentina o rejeitou. A suposta violação ocorreu quando a Argentina permitiu que cidadãos argentinos bloqueassem, durante mais de 40 dias, duas das três pontes que unem o país ao Uruguai. Eles protestavam contra a instalação de duas fábricas de celulose na margem uruguaia do Rio Uruguai.

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