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Mulheres e homens islamitas saíram às ruas no Egito nesta sexta-feira (30) | Reuters/Amr Abdallah Dalsh
Mulheres e homens islamitas saíram às ruas no Egito nesta sexta-feira (30)| Foto: Reuters/Amr Abdallah Dalsh

Apesar da ampla campanha de detenções e ameaças por parte da polícia, que já adiantou que responderá com firmeza qualquer foco de violência, os partidários do deposto presidente egípcio Mohammed Mursi voltam às ruas do país nesta sexta-feira (30).

Desde o início da manhã, as forças de segurança se posicionam em algumas das principais vias do Cairo para evitar mobilizações e conter os protestos batizados "O povo recupera sua revolução".

Com apoio de blindados, os militares ocuparam lugares emblemáticos como a praça Tahrir, epicentro das manifestações contra Mursi em junho passado.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, as ruas que conduzem à praça de Al Nahda, onde ficava um dos acampamentos dos seguidores de Mursi, e nos arredores da mesquita Mustafa Mahmoud, outro centro de protestos, estão inteiramente bloqueadas pelos agentes de segurança.

O acesso à praça de Rabeaa al Adauiya, que abrigava o principal acampamento islamita, e a praça de Ramsés, palco de intensos distúrbios e grandes protestos há duas semanas, também estão sob controle dos militares.

As forças de segurança também reforçaram o contingente nos arredores do Ministério da Defesa e do palácio presidencial de Al Itihadiya, onde os seguidores de Mursi devem se concentrar nos protestos de hoje.

A islamita a Coalizão Nacional para a Defesa da Legitimidade, que engloba a Irmandade Muçulmana, pediu aos seguidores "liderarem grandes manifestações", as quais serão iniciadas a partir de inúmeras mesquitas do Cairo.

Islã Tawfik, membro da aliança citada e da confraria, declarou à Agência Efe que a principal manifestação seguirá em direção a mesquita de Al Sahaba, situada próxima ao palácio presidencial, ambos no bairro de Heliópolis, na capital do país.

Neste contexto conflituoso, a Irmandade Muçulmana volta a convocar os egípcios para dar início a uma "intifada" (levantamento popular) e "recuperar sua revolução", acabando com o golpe militar que derrubou Mursi no último dia 3 de julho.

O Ministério do Interior, por sua parte, assegurou ontem que suas forças estão "totalmente preparadas" para enfrentar qualquer surto de violência iniciado a partir das manifestações.

Ontem, a polícia voltou a ameaçar usar munição real em casos de legítima defesa e a ressaltar que agiria com "firmeza e força" sobre as tentativas de abalar a segurança nacional e de atacar os edifícios governamentais, policiais e religiosos.

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