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Mulher prepara comida em Karachi, no Paquistão, país com déficit na produção de alimentos | Athar Hussain/Reuters
Mulher prepara comida em Karachi, no Paquistão, país com déficit na produção de alimentos| Foto: Athar Hussain/Reuters

9,5 bilhões de pessoas

Essa é a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a população mundial até 2075. Esse número representa 2,5 bilhões de pessoas a mais, se comprado com hoje, para alimentar. O aumento populacional, junto com a melhoria da nutrição e a mudança de dietas, pressionará pelo aumento no fornecimento global de alimentos nas próximas décadas, segundo. De acordo com o estudo do Instituto dos Engenheiros, com sede em Londres, o aumento no preço dos alimentos e das commodities vai levar à necessidade de reduzir o desperdício, tornando a prática de descartar frutas e legumes comestíveis por razões cosméticas menos viáveis economicamente.

A metade de todo o alimento produzido no mundo acaba indo parar no lixo devido a métodos falhos de colheita, armazenamento e transporte, assim como de atitudes irresponsáveis de varejistas e consumidores. A estimativa é de um estudo divulgado ontem pelo Instituto de Engenheiros, com sede em Londres.

O mundo produz cerca de quatro bilhões de toneladas métricas de alimentos por ano, mas entre 1,2 e 2 bilhões de toneladas não são consumidas, calcula o estudo do Instituto.

Nos países desenvolvidos, métodos eficientes de agricultura, transporte e armazenamento indicam que a maior parte do desperdício ocorre através do comportamento varejista e do consumidor.

Os varejistas produzem 1,6 milhão de toneladas de resíduos alimentares por ano porque rejeitam grupos de frutas e legumes comestíveis que não cumprem os critérios exatos de tamanho e aparência.

"Trinta por cento do que é colhido do campo nunca realmente atinge o mercado devido à triagem, seleção de qualidade e por não cumprir critérios puramente cosméticos", diz o relatório.

De 30% a 50% do que é comprado nos países desenvolvidos são jogados fora pelos consumidores, geralmente devido à má compreensão das datas de "melhor consumido antes" e "usar até".

Colheita

Já em países menos desenvolvidos, como os da África subsaariana ou os do Sudeste Asiático, o desperdício ocorre devido à ineficiência na colheita e no armazenamento.

Nos países do Sudeste Asiático, por exemplo, as perdas com o arroz podem ser de 37% a 80% da produção, totalizando cerca de 180 milhões de toneladas por ano, estima o documento.

Brasil e China também são citados no relatório. De acordo com o estudo, os dois países vêm aprimorando a infraestrutura para transportar as colheitas, ganhar acesso aos mercados exportadores e melhorar as instalações de armazenamento, mas precisam evitar os erros cometidos pelas nações desenvolvidas.

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