"As instituições governamentais [do México] deveriam reconhecer o status da mulher abandonada por seu marido. Muitas atravessam um grande problema porque não podem se divorciar, e outras ficam sob a vigilância da sogra."
Héctor Mediavilla, fotógrafo.
A exposição de fotos Penélopes, de Héctor Mediavilla, realizada pela Casa Amèrica Catalunya, em Barcelona, chama atenção para mulheres mexicanas cujos maridos emigraram para os Estados Unidos.
Uma delas, Lidia Gutiérrez, de 58 anos, viveu por duas décadas a distância do marido que foi para território norte-americano e a deixou com cinco filhos. Quando ele voltou para casa, "era um desconhecido" e o casal acabou se separando.
Segundo números oficiais do México, uma média de 390 mil mexicanos emigra anualmente aos EUA, três quartos deles homens que costumam ficar nesse país deixando para trás suas famílias a que lhes passam uma pensão, ou não.
Muitas dessas mulheres estão em uma espécie de limbo porque não sabem se os maridos vão voltar e não podem refazer suas vidas. Como a Penélope da Odisseia, de Homero, que desfazia à noite o que tecia durante o dia, esperando Ulisses.
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