Uma média diária de 49 pessoas foram sequestradas no México neste ano, com um notável aumento em relação às vítimas de 2010, informou neste sábado a organização não-governamental Conselho para a Lei e Direitos Humanos (CLDH).

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Os dados da ONG indicam que durante 2011 foram registrados no país um total de 17.889 sequestros, 32% mais que o número do ano anterior (13.505 casos).

"Cabe ressaltar que a denúncia formal às autoridades manteve uma taxa de uma a cada dez casos", afirmou o presidente do CLDH, Fernando Ruiz, em entrevista à Agência Efe por e-mail.

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O número divulgado não inclui o sequestro relâmpago, que dura algumas horas e só na capital mexicana são cometidos centenas desse tipo de crime diariamente, na maioria dos casos com a cumplicidade de taxistas, segundo o CLDH.

Esta organização foi fundada em 1991 e se especializou na assistência a vítimas de sequestros e extorsão, assim como na investigação de casos de corrupção dentro das forças de segurança.

O CLDH também frisou que as quadrilhas de sequestradores aumentaram o uso de tecnologia para cometer seus delitos, e existem casos nos quais a negociação entre criminosos e familiares das vítimas aconteceu fora do país.

"Ou seja, algumas quadrilhas de sequestradores têm influência em nível internacional, o que torna impossível sua captura e só conseguimos uma identificação parcial de seus membros", acrescentou a ONG.

A organização denunciou também que aumentou a participação de policiais e militares em sequestros, de 70% dos casos no primeiro semestre de 2011 para 80% no segundo semestre.

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"Seu grau de participação vai desde o vazamento de informação do perfil da vítima e proteção durante o processo de sequestro até a realização direta dos sequestros", detalhou o presidente da CLDH.

Segundo relatórios oficiais, um terço dos sequestradores que são presos pela Polícia Federal do México tem vínculos com grupos de narcotraficantes.