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O Japão disse neste sábado (3) que recebeu garantias dos militares que controlam Mianmar de que o país não está desenvolvendo armas nucleares, embora trabalhe com a Rússia em um programa de energia nuclear.

Mianmar permaneceu com poucas palavras sobre suas ambições apesar da especulação de que estaria recebendo ajuda da Coreia do Norte para construir instalações nucleares próximas à capital, com o objetivo de desenvolver uma bomba.

O ministro das Relações Exteriores de Mianmar, Nyan Win, disse a seu colega japonês, Katsuya Okada, que seu país está buscando expertise da Rússia, mas apenas para desenvolver um programa de energia para o povo.

"(Nyan Win) disse ao ministro das Relações Exteriores do Japão que Mianmar não tem intenção de ter uma arma nuclear," disse a repórteres o porta-voz da Chancelaria japonesa, Kazuo Kodama, no encontro ministerial Mekong-Japão em Siem Reap, Camboja.

"Mianmar fez uma consulta para ter assistência da Rússia para um uso pacífico da energia nuclear," acrescentou.

Kazuo não falou se o assunto das ligações com a Coreia do Norte foi discutido.

Pesquisadores acadêmicos disseram em agosto que Mianmar estava construindo um reator nuclear secreto e uma instalação de plutônio em cavernas dentro de uma montanha, citando informações de dois desertores.

As fontes também disseram que Mianmar, que possui reservas de minério de urânio, forneceu ao Irã e à Coreia do Norte urânio refinado que pode ser usado como combustível nuclear.

O país está sob sanções do Ocidente há duas décadas e analistas dizem que, se a nação se tornar nuclear, pode causar uma corrida armamentista na região.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou em um fórum de segurança na Tailândia, em julho, que estava preocupada sobre a possibilidade de transferência de tecnologia nuclear de Mianmar para a Coreia do Norte.

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