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Conselho de Segurança examina condenação

Nova Iorque – O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para examinar um projeto de condenação a Mianmar pela repressão ao movimento pró-democracia, apresentado por EUA, França e Grã-Bretanha. O projeto precisa de unanimidade para ser aprovado, mas não é bem visto por China e Rússia.

Os representantes dos 15 países-membros se reunirão para analisar o projeto de declaração, que condena a repressão violenta aos manifestantes birmaneses e pede a libertação dos presos políticos, incluindo a líder de oposição e prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

O texto, que não é vinculante, foi apresentado na sexta-feira por EUA, Grã-Bretanha e França aos demais membros do conselho, depois que o enviado especial da ONU a Mianmar, Ibrahim Gambari, apresentou seu relatório.

Os EUA ameaçaram o governo de Mianmar com sanções dentro da ONU, incluindo embargo de armas.

Bangcoc – A Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) mantém as detenções de pessoas relacionadas com os protestos que há mais de uma semana foram reprimidos a tiros, o que gerou uma série de críticas por parte de comunidade internacional.

Setenta e oito pessoas, que as autoridades militares chamaram de "cúmplices" dos manifestantes, foram presas durante várias operações feitas no sábado em Yangun, maior cidade do país e palco das grandes manifestações lideradas por monges budistas.

Estas novas detenções ocorreram enquanto a Junta Militar ignora as críticas internacionais por causa da violenta repressão para sufocar os protestos, e a ofensiva diplomática dentro da Organização das Nações Unidas (ONU) que Estados Unidos, Reino Unido e França tentam iniciar.

Segundo o jornal Nova Luz de Myanmar, órgão de propaganda do regime presidido pelo general Than Shwe, seis dos 78 presos foram libertados após interrogatório dos agentes dos corpos de segurança.

As autoridades sustentam que cerca de 2.700 pessoas, entre elas 573 monges de mosteiros de Yangun, foram detidas desde que, em 28 de setembro, empreenderam uma ampla operação para encontrar os birmaneses filmados ou vistos durante as manifestações.

No entanto, grupos antigovernamentais e diversos países ocidentais com representação diplomática em Mianmar estimam que os presos sejam mais de 6 mil.

O número oficial de detidos e o tratamento que recebem não foram assuntos examinados pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, organismo com acesso proibido pela Junta Militar às prisões e centros de detenção montados em recintos militares e edifícios governamentais.

O governo de Mianmar afirma que pôs em liberdade 1.600 pessoas das quase 2.700 presas, e garante que dez morreram durante as operações dos soldados e da polícia contra os manifestantes. Segundo a polícia, nas operações realizadas nos mosteiros foram encontradas armas e munição.

"Caso (os monges) violem as leis, devem ser empreendidas ações contra eles", advertiu o jornal local. Caminhões do Exército seguiam ontem estacionados em Shwedagon e Sule, embora a presença de soldados seja menor nas ruas de Yangun e as barricadas tenham sido retiradas.

A dissidência estima que o número de mortos chegue a quase 200, e segundo relatos de testemunhas, acreditam que muitos cadáveres foram incinerados no necrotério municipal de Yangun após serem retirados caminhões militares da prisão de segurança máxima de Insein, nos arredores da cidade.

As autoridades locais tem promovido concentrações e comícios de apoio à Junta Militar. Segundo denunciaram alguns residentes em Yangun, cada família tem a obrigação de enviar pelo menos duas pessoas a esses atos.

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