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Michelle Bachelet, candidata socialista, volta à presidência do Chile após quatro anos | Maglio Perez/Reuters
Michelle Bachelet, candidata socialista, volta à presidência do Chile após quatro anos| Foto: Maglio Perez/Reuters

3,4 milhões de votos teve Michelle Bachelet, eleita nova presidente do Chile, enquanto Evelyn Matthei recebeu 2,1 milhões.

A socialista Michelle Ba­chelet foi eleita ontem a nova presidente do Chile. Com 99,93% das urnas apuradas, a candidata da aliança de centro-esquerda Nova Maioria (ex-Concertação) tinha 62,16% dos votos, contra 37,83% de Evelyn Matthei, da coalizão de direita Aliança.Será a segunda vez que a pediatra Bachelet governará o país. A primeira foi entre 2006 e 2010. No Chile não há reeleição. Menos de uma hora e meia após a votação ter sido encerrada, às 19h20 no Chile (20h20 de Brasília), Matthei reconheceu a derrota.

"Todo o país sabe que jamais procurei essa candidatura", disse a ex-ministra do Trabalho. "O resultado é de minha exclusiva responsabilidade política". Matthei felicitou Bachelet e desejou que a socialista faça um bom governo. "Ninguém que ame realmente o Chile pode querer o contrário", disse.

Assim como no primeiro turno da disputa, a abstenção foi alta: 53% dos 13,6 milhões de eleitores não foram às urnas na primeira disputa presidencial no país com voto não obrigatório. Setores da direita diziam que a vitória da socialista não seria legítima devido ao baixo comparecimento nas urnas.

"A legitimidade quem dá são as regras da democracia. E hoje as regras que temos são essas, é o voto voluntário", disse Bachelet ao terminar de votar. Para Kirsten Sehnbruck, diretora do Centre for New Development Thinking da Universidade do Chile, a vitória de Bachelet era esperada porque "o Chile é um país de centro-esquerda".

"Em 2009, Sebastián Piñera, da direita, foi eleito porque Bachelet não fez um sucessor. Mas essa não é uma nação de direita, porque a direita chilena está parada no tempo, é pinochetista, está à direita da direita", afirma.

Desafio

"O grande desafio de Bachelet no início de seu segundo governo será administrar as expectativas. Ela agora tem uma agenda transformadora ambiciosa e há muita demanda da população por mudanças", diz Claudio Reyes, da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais. A futura presidente terá maioria no Congresso, o que poderá lhe garantir a aprovação de projetos de lei das reformas propostas.

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