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Milhares de pessoas protestaram neste domingo pelas ruas de Madri para demonstrar seu apoio ao juiz Baltasar Garzón, cujo processo judicial por ter investigado os desaparecidos durante o franquismo começou na última terça-feira.

"Garzón amigo, o povo está contigo" ou "Exigimos justiça" foram alguns dos slogans bradados pelos manifestantes, alguns dos quais carregavam fotos em preto e branco de membros de suas famílias mortos durante a Guerra Civil ou durante o franquismo.

Artistas, representantes sindicais e autoridades políticas de esquerda abriram a passeata com uma grande faixa com a inscrição "Solidários a Garzón. Contra os crimes do franquismo".

"É uma vergonha que na Espanha tenham colocado no banco dos réus um juiz que quis, por ordem das vítimas, investigar os crimes do franquismo", criticou o poeta Luis García Montero ao final da manifestação.

Baltasar Garzón, de 56 anos, pode ser condenado com uma desqualificação de até 20 anos neste processo, pelo qual é acusado de abuso de poder e de ter infringido a lei de Anistia votada em outubro de 1977, dois anos depois da morte de Francisco Franco, que impôs um pacto de silêncio sobre os anos negros da Guerra Civil (1936-39) e da ditadura (1939-75).

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