Manifestante dispara aerosol para produzir fogo durante protestos contra o presidente Bashar al-Assad nas proximidades de Damasco, capital da Síria| Foto: Stringer/Reuters

Milhares de sírios foram às ruas de várias regiões do país nesta quinta-feira (2) para lembrar o 30º aniversário do massacre cometido em 1982 na cidade de Hama (na província homônima), onde morreram entre 10 mil e 40 mil pessoas.

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As manifestações em memória à tragédia foram realizadas nas províncias de Hama, Damasco e Aleppo, entre outros lugares.

O grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL) informou que, em várias cidades de Hama, como Masyaf, os manifestantes gritavam palavras de ordem em solidariedade com a cidade e para repudiar o massacre.

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As forças leais ao presidente Bashar al-Assad tentaram reprimir as manifestações. Pelo menos uma pessoa morreu pelos disparos efetuados.

A oposição tinha convocado uma greve geral em Hama, o que paralisou a cidade, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O massacre de 1982 foi cometido pelo regime de Hafez al-Assad, pai do atual presidente, para abafar um levante islamita.

Damasco

Os protestos se estenderam também a Damasco, onde os manifestantes gritavam palavras de ordem em lembrança a Hama e reivindicavam a queda do regime de Bashar al-Assad.

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Esses mesmos lemas marcaram as três passeatas, que saíram de diferentes pontos em Aleppo - segunda maior cidade da Síria - em lembrança dos 30 anos do massacre.

Além da mobilização pela memória do massacre, houve nesta quinta-feira novas manifestações reprimidas pelas autoridades. Segundo os CCL, a repressão causou pelo menos oito mortes: três em Homs, duas nos arredores de Damasco, duas em Deraa e uma em Hama.

Também continuaram os combates entre o Exército e os militares desertores, que nos últimos dias foram especialmente intensos nos arredores de Damasco.

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