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Manifestantes gritaram palavras de ordem contra a polícia espanhola | Gustau Nacarino/Reuters
Manifestantes gritaram palavras de ordem contra a polícia espanhola| Foto: Gustau Nacarino/Reuters

Milhares de pessoas saíram às ruas da cidade espanhola de Valência nesta quarta-feira (22) para um novo protesto, desta vez contra a polícia, dois dias depois de a tropa de choques das forças locais de segurança terem reprimido uma manifestação estudantil contra cortes no financiamento do sistema público de ensino que deixaram escolas sem luz, aquecimento e itens básicos de higiene.

Os manifestantes realizaram uma passeata exibindo uma faixa com os dizeres "Nós somos o povo, não o inimigo" enquanto um helicóptero da polícia sobrevoava a área. Outras faixas exibidas pelos manifestantes continham dizeres como "Basta" e "Eles cortam dinheiro da educação para roubar mais de nós".

Na segunda-feira (20), durante entrevista coletiva para tentar justificar a repressão, o comandante da polícia de Valência, Antonio Moreno, causou indignação ao qualificar os estudantes valencianos como "inimigos".

Os participantes do protesto exigiam a renúncia do representante do governo central espanhol em Valência. A passeata teve início na escola secundária Lluis Vives, a mesma onde a polícia reprimiu o protesto de segunda-feira.

Fotografias e vídeos do protesto de segunda-feira mostram a tropa de choque da polícia atacando os manifestantes ao se aproximarem de um bloqueio, ferindo diversos deles e prendendo dezenas, inclusive muitos menores de idade.

Os estudantes de Valência têm realizado protestos ao longo dos últimos dias contra os cortes no orçamento para a educação feitos pelo governo regional. Segundo eles, os cortes deixaram salas de aula sem aquecimento nem eletricidade durante o inverno europeu e banheiros sem papel higiênico.

Na terça-feira (21), milhares de estudantes e pais de alunos protestaram em Valência contra a violência policial e os cortes no orçamento. Protestos similares ocorreram em diversas outras cidades da Espanha, entre elas Madri, Barcelona e Sevilha. As informações são da Dow Jones.

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