Milhares de manifestantes em Hong Kong pediram no Ano Novo à China o estabelecimento de democracia completa na cidade e parlamentares da oposição ameaçam com renúncia em massa ainda este mês.

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Reunidos do lado de fora do histórico prédio do parlamento, manifestantes com faixas coloridas com dizeres como "Democracia Agora!" caminharam até o gabinete do representante de Pequim.

Alguns manifestantes carregavam fotografias do dissidente chinês Liu Xiaobo, exigindo a libertação do ativista e escritor que foi condenado a 11 anos de prisão na semana passada, acusado de subversão.

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Os organizadores do movimento estimaram que mais de 10 mil pessoas compareceram à passeata do Ano Novo que pediu "o retorno de nosso direito ao sufrágio universal". A polícia afirmou que o número de manifestantes foi mais de 4 mil.

Centenas de policiais montaram barricadas de aço quando manifestantes se dirigiram ao gabinete do governo de Pequim na ex-colônia britânica, devolvida ao governo chinês em 1997.

Um grupo de cinco parlamentares pró-democracia planeja renunciar após a divulgação de um plano de reforma política para as eleições de 2012 que defensores da democracia afirmam que não vai longe o bastante.

O governo de Pequim já prometeu que permitirá eleição completa em Hong Kong para o líder da cidade em 2017. Mas recentes sinais, incluindo comentários de líderes favoráveis às políticas de Pequim, têm sugerido que a China pode permitir apenas uma versão de democracia que preserve o poder, com regras contra candidatos oposicionistas.

A constituição de Hong Kong garante direitos à democracia completa como "objetivo último", mas os 7 milhões de habitantes atualmente não têm controle direto sobre seu líder.

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