Centenas de prisioneiros, incluindo altos membros da Al Qaeda, fugiram da prisão iraquiana de Abu Ghraib após companheiros lançarem um ataque em estilo militar para libertá-los, disseram autoridades nesta segunda-feira(23).

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O ataque à prisão de alta segurança acontece no momento em que militantes sunitas muçulmanos voltam a ganhar força em sua insurgência contra o governo liderado pelos xiitas, no poder desde a invasão dos EUA que derrubou Saddam Hussein.

Suicidas dirigiram carros cheios de explosivos até os portões da prisão, nos arredores de Bagdá, no domingo à noite, e invadiram o local enquanto homens armados atacavam os guardas com morteiros e lança-granadas.

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Outros militantes tomaram posições perto da estrada principal, lutando contra os reforços enviados de Bagdá enquanto vários militantes vestindo coletes suicidas entraram na prisão a pé para ajudar a libertar os presos.

Dez policiais e quatro militantes foram mortos nos confrontos que se seguiram e que continuaram até segunda-feira de manhã, quando helicópteros militares chegaram, ajudando a recuperar o controle.

Entretanto, centenas de detentos já haviam fugido de Abu Ghraib, prisão que ficou famosa há uma década devido a fotografias mostrando abuso de prisioneiros por soldados norte-americanos.

"O número de detentos que escaparam chegou a 500, a maioria deles altos membros da Al Qaeda que tinham recebido a pena de morte", disse à Reuters Hakim Al-Zamili, membro do comitê de segurança e defesa no Parlamento.

"As forças de segurança prenderam alguns deles, mas o restante ainda está livre."

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Um oficial de segurança disse à Reuters, sob condição de anonimato: "É obviamente um ataque terrorista realizado pela Al Qaeda para libertar terroristas condenados."

Um ataque simultâneo em outra prisão, em Taji, cerca de 20 km ao norte de Bagdá, seguiu um padrão semelhante, mas os guardas conseguiram evitar a fuga de detentos. Dezesseis soldados e seis militantes foram mortos.