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GAZA - Militantes do movimento nacionalista Fatah mataram na madrugada deste domingo (11) um chefe da organização islamita Hamas e feriram outros quatro, segundo fontes da segurança palestina, que atribuem o ataque a disputas internas.

A vítima, Mohamad al-Kafarna, era membro da "força auxiliar" formada pelo governo do Hamas na Autoridade Nacional Palestina (ANP), no povoado de Beit Hanoun, e morreu ao ser emboscado em seu carro.

O Hamas responsabiliza o Fatah pelo ataque.

Um porta-voz do Fatah, Abed o-Halim Awad, acusou, por sua vez, milicianos do Hamas de emboscar milicianos das Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, filiadas a seu movimento.

Segundo o porta-voz, militantes armados do Hamas atacaram os escritórios do Fatah em Beit Hanoun.

Moradores da localidade disseram ter ouvido explosões em diferentes pontos e ataques contra instalações do Fatah.

Milicianos do Fatah e Hamas protagonizaram sangrentos enfrentamentos em dezembro e janeiro, antes que ambas as facções assinassem os acordos de 8 de fevereiro na cidade saudita de Meca para formar um governo de união nacional, ainda em gestação.

Kafarna foi a primeira vítima fatal nos enfrentamentos entre os dois lados desde a assinatura desses acordos entre o presidente da ANP e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro designado Ismail Haniyeh, do Hamas.

Ataques

O ataque desta madrugada em Beit Hanoun, ao norte de Gaza, foi precedido por outros dois registrados na Cisjordânia, um contra o ministro da ANP para Assuntos de Prisioneiros, Wasfi Kibha, do Hamas, que foi baleado por supostos militantes do Fatah quando estava em seu carro no povoado de Tubas.

Milicianos das Brigadas dos Mártires de al-Aqsa atacaram no sábado (10) uma delegacia das forças de segurança palestinas na cidade cisjordaniana de Jenin, para protestar pela falta de pagamento de salários prometido pelo governo, disseram testemunhas.

Haniyeh declarou no sábado à "Voz da Palestina", a emissora de rádio e TV da ANP, que a nova coalizão de governo de união nacional será anunciada na próxima quinta-feira (15), e que no sábado (17), pedirá o voto de confiança do Conselho Legislativo palestino.

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