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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

A Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) ordenou a expulsão do chefe das Nações Unidas que servia no país, Charles Petrie, em resposta ao comunicado crítico emitido por ele em outubro.

A expulsão de Petrie, coordenador das tarefas humanitárias, foi confirmada pelo porta-voz do escritório da ONU em Bangcoc, Hak-Fan Lau.

Petrie viajou nesta sexta-feira (2) a Naypyidaw, a capital administrativa, onde recebeu uma carta do Governo militar o acusando de "agir além de sua capacidade ao emitir o comunicado."

"O Governo da União de Mianmar não quer que Petrie continue servindo em Mianmar", disse o porta-voz do escritório regional da ONU, em comunicado.

Depois do anúncio, os Estados Unidos se manifestaram "indignados com a expulsão do representante da ONU", por meio do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Gordon Johndroe. "Este tipo de tratamento é completamente inaceitável e especialmente inadequado, já que sábado começa a visita do enviado especial da ONU a Mianmar", disse Johndroe.

Em 24 de outubro, Petrie denunciou publicamente a pobreza e o sofrimento da população birmanesa, que não tem mantimentos para suas necessidades básicas apesar de viver num país rico em recursos naturais.

Uma semana depois, o regime militar reagiu com um comunicado de protesto dizendo que "o Ministério de Assuntos Exteriores da União de Mianmar apresenta um forte protesto contra o Escritório do representante e coordenador humanitário da ONU em Yangun pela declaração sem precedentes da equipe das Nações Unidas em Mianmar emitida no Dia da ONU".

Em sua nota, o Governo militar acrescentou que "o comunicado danifica a imagem de Mianmar" por causa de seu conteúdo "muito negativo", e que deliberadamente ignora os avanços do país e "envia uma mensagem errônea à comunidade internacional".

A ordem de expulsão de Petrie ocorre um dia antes da chegada a Mianmar do enviado especial da ONU, Ibrahim Gambari, com a finalidade de promover a reconciliação nacional e a transição para a democracia.

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