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Equipes de resgate têm poucas esperanças de  achar os mineiros desaparecidos | Stringer/Reuters
Equipes de resgate têm poucas esperanças de achar os mineiros desaparecidos| Foto: Stringer/Reuters

As equipes de resgate indicaram ontem que são escassas as chances de encontrar os 11 mi­­neiros desaparecidos após o escapamento de gás metano em uma mina de carvão na província central de Henan, na China. O acidente ocorreu no sábado. A morte de outros 26 trabalhadores foi confirmada.

Eles teriam sido asfixiados pe­­lo escapamento de gás metano, enquanto 239 dos 276 que trabalhavam no turno conseguiram escapar.

"Há poucas esperanças de que os 11 mineiros presos tenham sobrevivido e serão necessários de três a quatro dias para encontrá-los", declarou Du Bo, diretor adjunto das operações de resgate em entrevista.

É provável que os mineiros desaparecidos estejam debaixo de mais de 2,5 mil toneladas de pedras e escombros, que tamparam o poço depois da explosão de gás que asfixiou a maioria das vítimas.

Segundo uma primeira investigação, a fuga de 173,5 mil me­­tros cúbicos de gás metano na mina situada na localidade de Yizhou é a origem do acidente, que poderia ter sido ainda mais desastroso, segundo os especialistas, se tivesse explodido, o que se temia a princípio.

Má fama

As minas chinesas têm a fama de ser as mais perigosas do mundo, devido à negligência na questão da segurança e por uma exigência de produção cada vez maior.

A questão da segurança nas minas do gigante asiático voltou à tona após o resgate bem-sucedido, na quarta-feira, de 33 mi­­neiros que ficaram debaixo da terra no Chile por 69 dias.

As operações de resgate no Chile foram transmitidas ao vivo pela tevê estatal chilena e na própria quarta-feira, internautas chineses criticaram a falta de se­­gurança das minas de seu país.

"As pessoas que nascem no Chile têm sorte. Se tivesse acontecido aqui, teríamos sepultado os vivos e os mortos", disse um internauta em um popular portal local da internet.

No ano passado, mais de 2,6 mil pessoas morreram trabalhando nas minas chinesas. Se­­gundo observadores independentes, o número real de mortos no país pode ser muito maior, já que muitos incidentes não são divulgados para evitar custosos fechamentos de jazidas, em um momento em que há uma forte pressão para aumentar a produtividade.

Campanha

As autoridades centrais tam­­­­bém lançaram, há alguns anos, uma grande campanha para fechar pequenas minas, frequentemente ilegais, onde acontece a maioria dos aciden­­tes fatais.

No entanto, muitas delas continuam operando devido à corrupção das autoridades locais.

No começo de julho passado, o primeiro-ministro Wen Jiabao havia ordenado que os chefes das minas descessem junto com os mineiros, numa tentativa para melhorar a se­­gurança.

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