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Santiago - Apesar de estarem recebendo cuidados e, no geral, apresentarem boa saúde, alguns dos 33 mineiros presos há três semanas sob mina de cobre de San José, no Chile, começam a apresentar problemas como infecções e feridas causadas pelo calor superior a 30 graus a que estão submetidos. Alguns também têm transtornos digestivos e distúrbios de sono.

Além do calor, a alta umidade do ar no refúgio onde esperam o resgate, que deve levar quatro meses, causa muito desconforto. No fim de semana, eles procuraram um novo abrigo, mais seco.

Investigações

Um dos donos da mina onde o acidente ocorreu, José Alejandro Bohn, pediu desculpas ontem pelo acidente. Ele foi o primeiro dos proprietários a depor em uma comissão da Câmara dos Deputados do Chile que investiga as causas do deslizamento.

"A dor que causou esta situação indesejada e imprevista por nós, merece que peçamos desculpas pela angústia que vivem nestes dias. Está sendo uma situação terrível e esperamos que acabe rápido", disse Bohn, acrescentando que a companhia está disponibilizando todos os seus recursos para ajudar os mineiros e suas famílias.

A comissão, que visa a estabelecer a responsabilidade dos ór­­gãos federais no acidente, deve ouvir também Marcelo Kemeny, o outro dono da mina.

O governo chileno criticou duramente os donos da mina por não seguirem os procedimentos de segurança necessários no local. O presidente Sebastián Piñera já alertou que haverá pu­­nição para os responsáveis pelo acidente.

O advogado de 26 dos 33 mi­­neiros presos no Chile já disse que vai processar a empresa por tentativa de homicídio e prepara ações por danos morais contra o Estado e os donos e gerentes da mi­­na San José.

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