O ministro do Trabalho alemão, Franz Josef Jung, renunciou nesta sexta-feira (27). O motivo foi a forma como ele lidou com informações sobre um ataque aéreo no Afeganistão, quando ainda era ministro da Defesa. O bombardeio matou civis. Jung disse que estava assumindo "responsabilidade política pela política interna de informação" do ministério. Ele admitiu que teve acesso a um relatório confidencial da polícia militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) confirmando mortes de civis no ataque aéreo. Jung afirmou, porém, que não havia lido o conteúdo do documento. Após o ataque, em setembro, ele havia negado publicamente que sabia sobre as mortes de civis.
O atentado ocorreu três semanas antes das eleições gerais na Alemanha, em meio a um acalorado debate sobre a missão do país no Afeganistão, cada vez mais impopular. A renúncia de Jung é um embaraço para a coalizão de centro-direita da chanceler Angela Merkel, que assumiu seu segundo mandato há quatro semanas. Jung tinha um posto crucial na equipe, monitorando metade do orçamento do governo.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo