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La Paz – O Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia anunciou ontem que encontrou "indícios" de que o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, descumpriu o decreto de nacionalização do setor petrolífero ao assinar um contrato de exportação de petróleo. A denúncia de fraude envolve também a Repsol e a Petrobrás.

O titular da pasta, Andrés Soliz, disse em entrevista coletiva que os "indícios" foram descobertos durante a revisão de um contrato que a YPFB assinou em julho com a empresa em questão. A nacionalização ocorreu em 1.º de maio e deverá ser concluída num prazo de 180 dias.

A superintendência de Hidrocarbonetos já havia denunciado este contrato, o que criou um escândalo político que chegou até o presidente Evo Morales, que agora espera uma investigação da Promotoria antes de tomar uma medida. O presidente da YPFB ainda não se manifestou.

A companhia petrolífera hispano-argentina Repsol diz que cumpriu "escrupulosamente" a legislação boliviana e que as acusações do ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia não têm fundamento. A Petrobrás também alega que segue as leis bolivianas.

Soliz afirma que o contrato teria gerado perdas de US$ 161 milhões ao Estado boliviano.

A Repsol argumenta que este contrato foi feito com total transparência, com conhecimento do governo da Bolívia, da estatal YPFB e da Bolsa Boliviana de Valores, e que não causou "nenhum dano econômico ao Estado boliviano".

As empresas estariam dispostas a colaborar com La Paz, para evitar atritos no processo de nacionalização do gás e do petróleo, iniciado há três meses.

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