O ministro da Economia, Sergio Massa, disse que nunca prometeu inflação mensal de 3% até abril e que a seca afetou o desempenho da economia argentina| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, discutiu com um jornalista a respeito das metas para a inflação, hoje descontrolada no país vizinho.

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Em entrevista à rádio Mitre, Massa foi questionado sobre ter projetado uma inflação mensal de 3% até abril de 2023 pouco após ter assumido o cargo, em agosto do ano passado. Porém, no quarto mês deste ano, a variação dos preços foi de 8,4%.

O ministro disse que a afirmação do jornalista Rolando Barbano “não é verdade” e o comunicador pediu que esperasse ele terminar a pergunta. Porém, Massa o interrompeu novamente.

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“Se você perguntar mentindo, eu tenho que corrigir. A nota saiu no [site] Perfil e eu disse: 'Eu espero que comece com 3%'. Eu não prometi, eu disse: 'Eu espero que comece com 3%'. E, sim, estou aqui para fazer autocrítica. [Mas] não minta na pergunta”, disse o ministro.

Barbano então pediu para Massa “não mentir na resposta” e voltou a falar nos 3%. “Não prometi, disse que era um objetivo. Quando estabeleci o objetivo, não havia seca, o que mudou em 25% a conta comercial argentina, que é fundamental para estabilizar as variáveis ​​macroeconômicas. Me parece que, nesse caminho, você está se esquecendo de alguma coisa”, alfinetou o ministro.

A Argentina apresentou em junho uma taxa de inflação de 115,6% no acumulado em 12 meses, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). No sexto mês do ano, os preços ao consumidor cresceram 6% em relação a maio.

No final de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que haverá uma queda de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina este ano e o que a inflação no país deve fechar 2023 no patamar de 120%.

A seca afeta o desempenho da agricultura e pecuária, setores que respondem pela maior parte das exportações argentinas, mas economistas apontam que os erros na política econômica do governo Alberto Fernández também têm peso decisivo na crise.

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Massa é um dos candidatos presidenciais do peronismo nas primárias argentinas, que serão realizadas no próximo domingo (13) e nas quais serão definidos os candidatos das eleições gerais de outubro.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]