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O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta segunda-feira (24) que o presidente palestino Mahmoud Abbas é um "obstáculo" para a paz e que espera que ele renuncie em breve. A declaração de Lieberman resultou em uma resposta irritada dos palestinos.

Durante uma breve entrevista, Lieberman atacou o líder palestino dizendo que Abbas tem liderado uma campanha para deslegitimar Israel internacionalmente e que ele se transformou num "obstáculo que precisar ser removido".

Abbas lidera um movimento na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo reconhecimento do Estado palestino. Israel e os Estados Unidos se opõem fortemente à ação, afirmando que a independência só pode ser alcançada por meio de negociações.

As conversações de paz estão congeladas há mais de dois anos e foram interrompidas por causa da questão das construções nos assentamentos israelenses.

No passado, Abbas fez repetidas ameaças de renúncia se não houvesse progresso nos esforços de paz. Lieberman disse que ele deveria cumprir sua ameaça. "Ele tem ameaçado entregar as chaves e renunciar? Isso não seria uma ameaça, mas uma bênção, e eu gostaria que ele finalmente fizesse isso", disse Lieberman.

"Quem quer que venha depois dele será melhor. Não faltam palestinos que estudaram no Ocidente, pessoas educadas com valores ocidentais com quem podemos falar".

Lieberman disse também que Abbas estava preocupado apenas com sua sobrevivência pessoal após a queda de seus "amigos" na Tunísia, Egito e Líbia. "Isso é muito compreensível, mas não ajuda a chegarmos a um acordo."

Yasser Abed Rabbo, um importante auxiliar de Abbas, chamou Lieberman de "a pessoa mais extremista e racista de Israel". "Lieberman é um inimigo da paz e ele deveria ser condenado por toda voz racional de Israel", disse ele. "Se sua posição representa ou reflete a política deste governo, isso significa que eles pretendem travar uma guerra política. O governo israelense deveria pedir desculpas pelo que o ministro de Relações Exteriores disse."

Não estava claro se Lieberman expressou sua própria opinião ou a política do governo. Ele já emitiu opiniões que não estavam em sintonia com as do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, principalmente quando disse na ONU que não fazia sentido negociar com os palestinos, no momento em que as negociações de paz eram retomadas, em setembro de 2010. Um porta-voz de Netanyahu se recusou a comentar a questão. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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