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Beirute – O ministro da Defesa do Líbano, Elias Murr, deu um ultimato ontem aos militantes do grupo radical Fatah al-Islam que estão entrincheirados no campo de refugiados de Nahr al-Bared, perto de Trípoli. Ele disse que os militantes devem se render ou enfrentar uma grande ação militar, enquanto o Exército libanês reforçava suas posições, provocando o temor de um sangrento enfrentamento.

Os combatentes do grupo inspirado na rede Al-Qaeda disseram que não vão se render e prometeram resistir a qualquer ataque do Exército libanês. Uma invasão do campo de refugiados palestinos Nahr al-Bared representaria um duro combate urbano para as forças libanesas e mais morte e destruição para os milhares de civis que permanecem lá. Também poderia provocar graves repercussões em todo o Líbano, causando a revolta entre os cerca de 400 mil refugiados palestinos que vivem no país. Os palestinos formam cerca de 10% da população libanesa.

Ontem, pelo menos cinco pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba num dos mais importantes resorts do Líbano nas montanhas da cidade drusa de Aley. Segundo a polícia, a bomba foi plantada numa rua estreita a 200 metros do principal prédio governamental da cidade. A explosão, ocorrida por volta das 21 horas (locais), foi ouvida na costa mediterrânea de Beirute, a cerca de 20 quilômetros de distância. A cidade é base do líder druso anti-sírio Walid Jumblatt, que ontem havia advertido para o perigo da expansão da violência no Líbano.

Fuga em massa

Milhares de civis palestinos aproveitaram uma trégua nos combates para abandonar o campo de Nahr el-Bared, carregando seus pertences em sacolas plásticas.

Cerca de 15 mil pessoas – quase a metade da população de Nahr el-Bared – fugiram durante a noite de terça-feira e cerca de mil pessoas partiram ontem, disseram autoridades locais. Os refugiados diziam que havia corpos pelas ruas de Nahr el-Bared e cenas de ampla destruição, com muitos imóveis arrasados.

Agentes humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram ter retirado os corpos de pelo menos 20 civis do interior do campo de refugiados.

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