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Voluntária participa de treinamento coordenado por soldados líbios que defendem o ditador Muamar Kadafi | Louafi Larbi/Reuters
Voluntária participa de treinamento coordenado por soldados líbios que defendem o ditador Muamar Kadafi| Foto: Louafi Larbi/Reuters

São Paulo - Após o Tribunal Penal Inter­­na­­cional (TPI) emitir um mandado de prisão contra o ditador da Lí­­bia, Muamar Kadafi, ao menos três ministros de seu governo fo­­ram à Tunísia para negociar o destino do país com "representantes estrangeiros", afirma o jornal espanhol El País.Entre os ministros que negociam na ilha tunisiana de Yerba está o chanceler líbio, Abdelati Obeidi, afirma o diário citando a agência de notícias estatal da Tunísia, TAP.

As informações do jornal chegam no mesmo dia em que o procurador-geral do TPI, o argentino Luis Moreno Ocampo, disse que as negociações não interferem no pedido de prisão, que tem caráter de urgência.

"Há uma necessidade urgente de negociação [na Líbia], mas a negociação tem de respeitar as resoluções da ONU e as decisões dos juízes do TPI", declarou Ocampo à imprensa um dia de­­pois de os juízes da Corte emitirem uma ordem de detenção contra Kadafi, seu segundo filho, Saif al Issam, e o chefe da espionagem líbia, Abdullah al Senussi.

O procurador-geral argentino se mostrou otimista sobre as possibilidades de captura do ditador líbio e inclusive se aventurou a es­­timar que sua detenção não du­­rará mais de "dois ou três meses".

Ocampo advertiu às autoridades de Trípoli que, caso não colaborem com a prisão do ditador, se "arriscam a ser perseguidos" pela Justiça Internacional.

Lembrou também às autoridades líbias que embora não sejam parte do Estatuto do TPI, devem cumprir com os mandatos do Con­­selho de Segurança da ONU, que é quem remeteu o caso da Líbia à promotoria da corte.

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