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As primeiras investigações da missão espacial indiana Chandrayaan-3 na face mais meridional da Lua detectaram a presença de oxigênio e enxofre na superfície do satélite, conforme informou nessa terça-feira (29) a Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, na sigla em inglês).
O instrumento de medição LIBS, que analisa a composição dos materiais expondo-os a intensos pulsos de laser, confirma “de forma inequívoca a presença de enxofre na região, algo que não era possível de saber com os instrumentos a bordo dos orbitadores”, declarou a ISRO em um comunicado.
As análises preliminares recolhidas pelo equipamento de medição, a bordo do rover Chandrayaan-3, revelam que, além de oxigênio e enxofre, também há presença de alumínio, cálcio, ferro, cromo e titânio no Polo Sul da Lua, afirmou a agência espacial indiana.
Restos de manganês e silício também foram encontrados em outras medições, acrescenta o comunicado. A ISRO afirma ainda que “uma investigação aprofundada sobre a presença de hidrogênio" na Lua está em andamento.
O Chandrayaan-3 fez história no último dia 23 ao tornar a Índia o primeiro país a alcançar a parte mais meridional do satélite, de onde serão coletadas informações importantes para a Terra sobre a presença de água e minerais nos 14 dias terrestres previstos para durar a missão.
Menos de uma semana depois da histórica aterrissagem na Lua, a ISRO anunciou que está preparando sua primeira missão espacial para estudar o Sol, que partirá do centro da agência espacial indiana em Sriharikota, no sul do país.
Com lançamento marcado para o próximo sábado, dia 2 de setembro, a missão Aditya-L1 foi projetada para alcançar uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra e tem o objetivo de "estudar as atividades solares", a dinâmica dos ventos na região próxima ao Sol e seus efeitos do planeta. (Com informações da Agência EFE)