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Islamabad – Quatro helicópteros paquistaneses destruíram com mísseis uma escola islâmica localizada em Khar, perto da fronteira com o Afeganistão, matando entre 70 e 80 pessoas. O porta-voz do Exército local, general Shaukat Sultan, disse que todas as vítimas eram adultas e do sexo masculino, e que a escola funcionava como um campo de treinamento da Al Qaeda.

Mas o jornal britânico The Guardian relata que repórteres locais testemunharam a retirada dos escombros de corpos de crianças.

Um grupo de jornalistas estrangeiros foi impedido pelo Exército de se aproximar da área, localizada a 250 quilômetros da capital, Islamabad, e a apenas 3 quilômetros da fronteira afegã.

Uma das vítimas do bombardeio à escola islâmica, chamada de "madraçal", foi o diretor Maulvit Liaqut, ligado ao Taleban, grupo integrista islâmico que governou o Afeganistão até 2001 e que hospedava bases de treinamento da Al Qaeda.

Os Estados Unidos pressionam com freqüência o ditador do Paquistão, general Pervez Musharraf, a destruir bases daquele grupo. Elas servem de plataformas para atacar forças da Otan (organização militar ocidental) no Afeganistão.

O partido Jamaat Islami qualificou o bombardeio de "brutal e bárbaro", e um de seus dirigentes, Qazi Hussain Ahmed, disse que a ação foi coordenada por militares norte-americanos.

O general Sultan nega que seja verdade. O porta-voz da diplomacia paquistanesa, Tasnin Aslam, disse que o ataque não recebeu "pressão estrangeira".

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