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Os eleitores do Mississippi que foram às urnas ontem derrotaram uma proposta de emenda que, se aprovada, daria direitos a embriões. A medida poderia im­­pedir a realização de abortos no estado norte-americano mesmo em situações nas quais a interrupção da gravidez é autorizada pela legislação federal, como em casos de estupro ou incesto.

A chamada Personhood Amend­­ment (emenda da pessoa humana) ou Proposta 26 foi rejeitada por mais de 55% dos eleitores, pouco mais do que o mínimo ne­­cessário para barrar a medida. A proposta, que dividiu as comunidades médica e religiosa, era definir legalmente cada ser humano como "pessoa" desde o momento da fertilização do óvulo.

Os que se opunham à sua aprovação lembravam que métodos de controle de natalidade, co­­mo o uso da "pílula do dia seguinte", passariam a ser ilegais. Tec­­nica­­mente, até mesmo a prática da fertilização in vitro poderia ser afetada, já que médicos poderiam ser alvo de processos criminais quando um embrião não sobrevivesse.

Em Ohio, outra medida polêmica foi vetada por eleitores que foram às urnas ontem: a restrição à organização sindical do funcionalismo público. No estado, a proposta republicana contra a sindicalização dos servidores foi derrotada por uma margem de quase 20 pontos porcentuais.

Ainda ontem, o democrata Ste­­ve Beshear foi reeleito governador do Kentucky, e o republicano Phil Bryant foi escolhido go­­vernador do Mississippi, onde era vice-go­­vernador. Dessa forma, os republicanos continuam governando 29 Estados dos EUA, contra 20 dos democratas (Rhode Is­­land tem um governador independente).

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