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Videla recebe o veredicto, de prisão perpétua, em 2012; Almirante Emilio Massera ao lado de Videla, em 1979 | Enrique Marcarian/Reuters; Reuters
Videla recebe o veredicto, de prisão perpétua, em 2012; Almirante Emilio Massera ao lado de Videla, em 1979| Foto: Enrique Marcarian/Reuters; Reuters

Moradores da cidade argentina de Mercedes, terra natal do recentemente falecido ex-ditador Jorge Rafael Videla, se mobilizaram nesta quarta-feira para repudiar a figura do ex-ditador e os crimes cometidos pelo último regime militar no país (1976-1983).

A concentração, convocada por diferentes partidos políticos, aconteceu na praça principal da cidade, situada a 100 quilômetros de Buenos Aires e onde Videla nasceu em 2 de agosto de 1925.

"É uma demonstração de repúdio ao que representou Videla e a ditadura", disse hoje à Agência Efe o secretário de Direitos Humanos do município de Mercedes, Marcelo Melo.

A mobilização, na qual participaram centenas de pessoas, foi organizada após a divulgação de notícias sobre a possibilidade de o corpo de Videla, falecido na sexta-feira passada aos 87 anos, ser enterrado no cemitério local, uma alternativa que não foi confirmada nem desmentida pela família do ex-ditador.

Neste sentido, Melo afirmou que a família, que têm duas lápides no cemitério local, não entrou em contato com as autoridades do cemitério e explicou que, para enterrar o corpo ali, devem fazer primeiro um trâmite administrativo que, por enquanto, não realizaram.

"Não devem pedir autorização, mas fazer um trâmite formal. Legalmente não podem ser proibidos de enterrá-lo aqui. Não vamos atuar dessa maneira, estaríamos atuando da mesma forma como fez a ditadura", opinou Melo.

Videla foi encontrado morto na sexta-feira passada dentro de sua cela no presídio onde cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade cometidos durante o regime militar.

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