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La Paz – O presidente da Bolívia, Evo Morales, considerou "inaceitável" a renúncia do governador do departamento de Chuquisaca, David Sánchez, e o intimou a retomar o cargo para resolver o conflito entre essa região e La Paz, que disputam pela sede do governo. "Como presidente constitucional da República acho inaceitável sua renúncia considerando-se que sua autoridade não foi designada provisoriamente", mas sim em eleições, afirmou o presidente em nota enviada a Sánchez.

O governador, aliado do presidente Morales, renunciou na quinta-feira alegando não querer "ser responsável por enfrentamentos com gente que venha do outro lado", enquanto denunciou uma "ausência do governo" no conflito em que se reivindica uma única capital.

Sánchez tomou sua decisão pouco antes de uma marcha de camponeses e cocaleiros aliados com o presidente para garantir que a Assembléia Constituinte retome suas deliberações em Sucre.

O anúncio coincidiu com a criação de uma junta de defesa da democracia composta por dirigentes civis de seis departamentos. Setores civis de Sucre, que exigem a restituição dos poderes Executivo e Legislativo a esta cidade, bloqueiam as sessões da Assembléia Constituinte até que o foro ponha novamente em sua agenda o tema da capitalidade plena.

A demissão de Sánchez faz com que seja Morales quem designe um sucessor até que se complete o mandato de cinco anos, explicou o titular do tribunal eleitoral, Salvador Romero. Em sua crítica à renúncia de Sánchez, Morales foi apoiado pelo defensor público, Waldo Albarracín. "A situação do governador de Chuquisaca era complicada porque ele estava sob pressão dos setores populares, do Comitê Cívico e algumas instâncias urbanas de Sucre. Mas ele tem um grande apoio dos camponeses de Sucre e, nesse sentido, se via um equilíbrio importante", disse. Sánchez foi eleito em julho de 2006 nas primeiras eleições diretas bolivianas, com uma chapa pró-Morales que obteve 42,3% dos votos.

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