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Evo Morales diz que aguarda resposta do governo brasileiro | Gaston Brito/Reuters
Evo Morales diz que aguarda resposta do governo brasileiro| Foto: Gaston Brito/Reuters

30 dias é o prazo que a comissão de sindicância responsável por investigar a conduta do diplomata Eduardo Saboia terá para se posicionar.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu ao Brasil que envie de volta a seu país o senador Roger Pinto Molina para que seja levado a julgamento. Para o governo boliviano, normas internacionais foram violadas na retirada do político da embaixada brasileira em La Paz.

Como a própria presidente do Brasil, Dilma Rousseff, denunciou a maneira como o senador foi retirado, "então o que cabe fazer é devolver Pinto à Justiça", argumentou Morales em entrevista coletiva concedida ontem. "Se um corrupto estivesse escapando da Justiça [de seu país], eu levaria esse corrupto até a fronteira", declarou o presidente boliviano.

"É importante que o governo do Brasil explique a situação. Estamos à espera de uma resposta oficial pelas vias diplomáticas Esta será a base do que faremos no futuro", disse Morales. Molina alega ser alvo de perseguição política na Bolívia. O senador responde em seu país a 20 processos por corrupção e desvio de dinheiro público.

Novo ministro

Após a crise diplomática provocada pela operação que tirou Molina da Bolívia, o novo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, tomou posse ontem no cargo. Na solenidade, ele elogiou seu antecessor, Antonio Patriota.

"Trata-se de suceder um dos maiores talentos da diplomacia brasileira, meu amigo Antonio Patriota. Nele me inspiro para enfrentar as variadas e complexas questões internacionais que cabe a um país do porte do Brasil", disse Figueiredo em seu discurso.

Antes de passar o cargo, Patriota criticou a decisão do diplomata Eduardo Saboia, de trazer o senador ao Brasil, sem consulta a superiores. "A atuação independente de servidor em La Paz em assunto de grande sensibilidade, e sem instruções representa conduta que não pode voltar a ocorrer", afirmou.

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