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Managuá – O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem que 2007 será o ano da nacionalização do setor de mineração, como parte de seu plano de recuperar os recursos naturais para o Estado, iniciado no ano passado com os hidrocarbonetos.

Ao ser perguntado sobre a intenção de seu aliado Hugo Chávez de nacionalizar empresas de eletricidade e telecomunicações para aprofundar sua "revolução socialista", Morales respondeu que cada país tem suas particularidades quanto a este tipo de decisão.

"Respeitamos qualquer decisão soberana de qualquer país. Nós, na Bolívia, vamos recuperar nossos recursos naturais. Se o ano passado foi o ano dos hidrocarbonetos, este será o ano da mineração", assegurou em uma coletiva de imprensa.

O governo boliviano havia dito que pretende recuperar a fundição de estanho de Vinto, operada atualmente pela transnacional suíça Glencore. Na Bolívia, operam também as companhias mineradoras norte-americanas Apex Silver Mines e Couer d’Alene Mines, que desenvolvem gigantescos projetos de prata e zinco, bem como a indiana Jindal Steel, que explorará a jazida de ferro de Mutún.

No último fim de semana, Morales afirmou que seus planos de gestão são feitos sem consultar o FM ou o Banco Mundial. Para Morales, porque, segundo ele, esta é uma forma de "nacionalizar" o Poder Executivo.

Ex-dirigente indígena e cocaleiro, Morales chegou ontem a Manágua para a posse do ex-guerrilheiro sandinista Daniel Ortega como presidente da Nicarágua. Ortega voltará ao poder depois de perdê-lo após 10 anos de governo socialista, quando enfrentou uma guerra civil com os "contras" de direita que tentaram derrubá-lo com o apoio dos Estados Unidos.

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