Morre Carlos Reutemann, senador argentino e ex-piloto da F1

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O senador e ex-piloto argentino Carlos Alberto Reutemann morreu nesta quarta-feira (7), aos 79 anos, em um hospital da província de Santa Fé, na Argentina, devido a complicações de um câncer de fígado.

"Papai se foi em paz e com dignidade, depois de lutar como um campeão, com um coração nobre e forte que o acompanhou até o fim. Sinto orgulho e dou graças pelo pai que tive. Sei que me acompanhará todos os dias da minha vida, até que voltemos a nos encontrar na casa do Senhor", escreveu Cora Reutemann, no Twitter.

Dois meses atrás, o senador havia sido internado na UTI de um hospital por causa de hemorragia no sistema digestivo. Após passar por cirurgia, Reutemann recebeu alta em 21 de maio, e continuou recebendo acompanhamento médico em casa, para se recuperar de uma anemia, mas alguns dias depois foi internado novamente por um quadro de desidratação. Sua última aparição pública foi em março, quando foi se vacinar contra Covid-19.

Carreira automobilística

Reutemann foi piloto de Fórmula 1 de 1972 a 1982, tendo competido para as equipes Brabham, Ferrari, Lotus e Williams. Em 1981, foi vice-campeão mundial com a Williams, com apenas um ponto a menos que o piloto brasileiro Nelson Piquet. Naquela temporada, venceu duas corridas, foi segundo em três outras e terceiro duas vezes.

Nos 10 anos em que esteve na F1, ele obteve 12 vitórias, 45 pódios e seis pole positions e pontuou em 144 corridas.

Carreira política

Reutemann entrou para política na década de 1990, pelo Partido Justicialista, de vertente peronista. Foi governador de Santa Fé no período de 1991 a 1995. Ao final do mandato, se elegeu senador nacional, mas em 1999 renunciou após ter sido eleito governador novamente para um mandato de 1999 a 2003.

O ex-piloto retornou ao Senado por Santa Fé em 2003 e está na casa desde então. Em seu último mandato, que terminaria ainda neste ano, Reutemann foi eleito pelo partido Cambiemos, o mesmo do ex-presidente Maurício Macri.