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O líder islamita Ghulam Azam, condenado a 90 anos de prisão em 2013 ao ser considerado o "eixo central" de suporte aos crimes contra a humanidade ocorridos na guerra de independência de Bangladesh em 1971, morreu em decorrência de uma parada cardíaca aos 91 anos.

Azam morreu na quinta-feira (23) no hospital Sheikh Mujik de Daca e o corpo foi entregue nesta sexta-feira (24) aos familiares, informaram fontes médicas e carcerárias à imprensa.

"O homem que simbolizou os crimes de guerra em Bangladesh morreu", publicou o "Daily Star" sobre a morte de Azam, e ressaltou "que ele nunca se arrependeu de seu desprezível papel" no conflito.

Azam era o líder espiritual e secretário-geral durante o conflito do Jamaat-e-Islami, principal partido religioso de Bangladesh, recentemente ilegalizado, que apoiou o Paquistão durante a guerra de secessão.

"Estamos convencidos que o acusado Ghulam Azam foi o eixo central pelo qual giraram todos os crimes e atrocidades durante a Guerra de Libertação", afirmaram os três juízes do Tribunal de Daca que o condenaram. Ele só não foi condenado à pena de morte por causa da idade.

O veredicto foi publicado em julho do ano passado em meio a violentos protestos islamitas que provocaram enfrentamentos entre membros do partido religioso e as forças de segurança, e deixaram pelo menos uma dezena de mortos.

O tribunal de crimes contra a humanidade condenou Azam por assassinato, tortura, incitação, conspiração, planejamento, cumplicidade em genocídio e de não evitar os assassinatos.

Segundo dados não oficiais, na guerra que tornou Bangladesh independente do Paquistão três milhões de pessoas morreram e centenas de milhares de mulheres foram violadas.

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