O rabino Ovadia Yosef líder religioso e espiritual dos judeus sefarditas em Israel morreu nesta segunda-feira aos 93 anos, informaram autoridades de saúde. Yosef foi o responsável por transformar sua comunidade de imigrantes do Norte da África e nações árabes e descendentes em uma força poderosa na política israelense. Yosef usou sua autoridade religiosa para fundar o Shas, partido que representa os judeus sefarditas e se tornou um fazedor de reis em muitos governos de coalizão.
Yosef foi hospitalizado em condições críticas após sofre falência dos rins e outros problemas de saúde. O rabino era reconhecido como a autoridade sefardita do século. Sua proeminência ajudou a expandir a confiança em sua comunidade, que representa metade da população de Israel, mas que empobreceu e enfrentou discriminações de judeus ashkenazi (ou europeus) que dominavam o governo de Israel e as instituições religiosas.
Durante três décadas, Yosef deu a palavra final sobre as decisões do Shas, cujos líderes buscavam sua direção para assuntos grandes e pequenos. Sem um sucessor natural, o Shas provavelmente vai entrar em um período de lutas internas e sua influência política deve diminuir.
Centenas de seguidores do líder religioso recitaram o kaddish, tradicional oração dos judeus para os mortos. A polícia de Israel fechou as ruas do centro de Jerusalém e deixou centenas de policiais preparados para o funeral.
A morte de Yosef disparou uma enorme onda de lamentações. Centenas de pessoas inundaram as ruas chorando e rezando pelo líder e rasgando suas roupas em demonstração de luto. De acordo com a polícia, mais de 500 mil pessoas compareceram ao funeral de Yosef, que se tornou o maior da história do país.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo