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Paulo Sérgio Pinheiro, relator especial da ONU para Mianmar | Reprodução/Unesco
Paulo Sérgio Pinheiro, relator especial da ONU para Mianmar| Foto: Reprodução/Unesco

Londres – A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, então com 27, assassinado a tiros por policiais em uma estação de metrô de Londres em julho de 2005, foi um "erro mas não um crime’’, disse um advogado que defende a Scotland Yard no processo iniciado na segunda-feira.

"Um erro grave foi cometido ao atirar contra ele, mas, em nosso ponto de vista, nem todo erro é um crime’’, disse o advogado de defesa Ronald Thwaites. "A promotoria tenta ditar como e quando a polícia deve agir’’, disse ele, acrescentando que, à época, a polícia agia sob um período de "insegurança extrema’’.

A Polícia Metropolitana diz ser inocente das acusações de "violação de regras de saúde e segurança do público’’ na operação que matou Jean Charles com sete tiros na cabeça.

A decisão de julgar a polícia londrina pela violação de regras de saúde e segurança do público foi tomada pela Promotoria britânica com base em um relatório preparado pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês). O julgamento, realizado no tribunal penal de Old Bailey, pode durar seis semanas.

John McDowell, que era o coordenador das investigações de terrorismo na época, disse que a polícia temia que os realizadores do ataque frustrado do dia 21 de julho voltassem a agir.

A polícia passou a vigiar o condomínio onde Menezes morava após achar um documento de Hussain Osman, um dos realizadores dos ataques frustrados, apontando o endereço.

Para demonstrar as dificuldades enfrentadas pela polícia para identificar o terrorista, Thwaites mostrou ao júri uma montagem da foto de Osman com a de Menezes (veja ao lado).

A promotora Clare Montgomery disse ao júri que a morte foi resultado de uma operação "planejada às pressas’’. "A ação foi tão mal planejada que a população foi colocada em risco, e Jean Charles de Menezes foi morto por engano", disse ela.

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