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O presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi eleito para o quinto mandato de presidente do país do norte da África, ao obter 88,6% dos votos nas primeiras eleições multipartidárias na nação árabe, disse nesta sexta-feira uma fonte oficial. Apenas 23% dos eleitores registrados compareceram às urnas para votar, afirmou Mamdouh Marei, chefe da Comissão Eleitoral Presidencial. Grupo de direita se queixaram de fraudes durante a votação que garantiu a Mubarak mais seis anos no poder, onde está desde 1981.

Segundo observadores e a oposição, houve irregularidades e abusos disseminados, especialmente por parte do Partido Nacional Democrático, de Mubarak, e dos organizadores.

Mas vários grupos, inclusive a Organização Egípcia para os Direitos Humanos, que é independente, disseram que tais abusos não afetaram o resultado geral da eleição histórica.

A comissão eleitoral, cuja decisão é final, rejeitou na quinta-feira um apelo do partido liberal Ghad (Amanhã) para que a votação fosse repetida. O Ghad é o partido de Ayman Nour, o adversário mais bem posicionado de Mubarak e líder da oposição laica do país.

Pelo antigo sistema, o Parlamento escolhia Mubarak como o único candidato presidencial, e o povo referendava a decisão. O próprio presidente decidiu alterar o sistema, por causa da pressão dos Estados Unidos e de grupos internos.

Mubarak, de 77 anos, tem fama de ser um estadista mediador no cenário externo, principalmente no conflito no Oriente Médio, mas um líder de mão-de-ferro no seu país. Como muitos políticos árabes, Mubarak é um militar que trocou as armas pela política - no seu caso, em 1981, após a morte do então presidente Anwar Sadat, quando assumiu a Presidência.

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