Hosni Muabark renunciou à presidência do Egito em fevereiro de 2011| Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dals

O destino do presidente do Egito, Hosni Mubarak, será decidido em questão de horas e "o mais provável" é que ele renuncie, disse uma autoridade egípcia à Reuters nesta quinta-feira.

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Pouco antes, o primeiro-ministro do Egito, Ahmed Shafiq, havia dito à rede britânica BBC que Mubarak pode renunciar e que a situação no país será esclarecida em breve, informou a BBC nesta quinta-feira.

Mas segundo a rede de TV norte-americana NBC, Mubarak vai renunciar ainda nesta quinta-feira. Richard Engel, da NBC, declarou que duas fontes independentes confirmaram que Mubarak vai renunciar.

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O Exército egípcio fará um pronunciamento nesta quinta no qual responderá às demandas dos milhares de manifestantes reunidos há mais de duas semanas numa praça, de acordo com a televisão local.

Imagens exibidas pela emissora estatal do encontro realizado pela cúpula militar mostraram o ministro da defesa, Hussein Tantawi, como líder do encontro. Mubarak não participou da reunião, de acordo com a TV.

"O Superior Conselho Militar realizou uma reunião hoje sob comando de Hussein Tantawi, chefe das Forças Armadas e ministro da Defesa, para discutir as medidas necessárias e os preparativos para proteger a nação, suas conquistas e as aspirações do povo", disse a agência de notícias estatal Mena.

Manifestantes pró-democracia consolidaram um novo acampamento em torno do prédio do Parlamento do Egito, e o principal ponto de concentração da oposição, a Praça Tahrir (Libertação), permanecia lotada.

Os organizadores dos protestos prometeram realizar uma nova grande manifestação pelas ruas de Cairo na sexta-feira, quando os manifestantes planejam avançar para o prédio da rádio e TV do governo no "Dia dos Mártires", que será dedicado aos mortos - segundo a ONU, podem ser até 300.

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