As mudanças climáticas podem ser uma das maiores ameaças às tentativas de acabar com a pobreza das nações menos desenvolvidas e forçaram o Banco Mundial a reavaliar seus projetos de desenvolvimento, informou o banco nesta terça-feira.

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Estudos mostraram que alterações climáticas e o aquecimento global ligado a emissões de gases do efeito estufa reduzirão o crescimento econômico, a expansão e os investimentos em alguns dos países mais vulneráveis.

- Já estamos vendo as conseqüências das mudanças climáticas... precisamos ver como podemos ajudar os países a se desenvolver de maneira climaticamente inofensiva - declarou Steen Jorgensen, vice-presidente interino do Banco Mundial para desenvolvimento sustentável, a repórteres na Cidade do Cabo, durante o lançamento de um novo relatório sobre alterações climáticas.

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O estudo, que avalia como o banco deve reagir a esse desafio emergente para seus modelos de desenvolvimento, foi divulgado na Terceira Assembléia do Fundo para o Meio Ambiente Mundial.

O fundo é o maior mecanismo de financiamento ambiental do mundo e ajuda no desenvolvimento de programas de financiamento nacionais para a promoção da biodiversidade, combate às alterações climáticas e degradação do terreno.

O aquecimento global deve ter um efeito devastador em alguns países em desenvolvimento, quando os níveis do mar em alta levarem caos a pequenos países insulares, e secas mais graves e freqüentes destruírem plantações em terras de agricultura marginal.

Nações mais pobres, particularmente na África subsaariana, onde a agricultura representa cerca de 70% dos empregos, seriam as mais atingidas.

O Banco Mundial disse que gastos associados ao aquecimento global consumiriam auxílio ao desenvolvimento e projetos, forçando doadores a reavaliar os custos e a infra-estrutura necessária para ajudar a cortar a pobreza.

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"Diversos estudos sugeriram que, na falta de adaptação, os custos anuais dos impactos das mudanças climáticas em países em desenvolvimento afetados podem variar de alguns pontos percentuais a dezenas de pontos percentuais do Produto Interno Bruto", diz o reltório. "Grande parte do dano não ocorreria de maneira gradual e crescente ao longo dos anos, mas na forma de choques econômicos severos".

Tempestades pesadas e secas também tornariam os investimentos em países afetados menos atrativos, disse à Reuters o diretor de Meio Ambiente do Banco Mundial, Warren Evans:

- Quase qualquer investimento que for potencialmente impactado por quaisquer alterações no fluxo de água, mudanças em secas e mudanças em temperatura estará em perigo.

É importante ajudar países a administrar melhor as mudanças climáticas que enfrentam atualmente, de maneira que possam se adaptar às crescentes mudanças do futuro, declarou.