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Correa tem maioria na Assembléia Constituinte: sem controvérsia | Rodrigo Buendia/AFP
Correa tem maioria na Assembléia Constituinte: sem controvérsia| Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Quito - Juízes da Corte Suprema de Justiça (CSJ) do Equador renunciaram ontem a seus cargos para permitir o processo de transição institucional estabelecido pela nova Constituição, aprovada em referendo no último dia 28 de setembro.

A renúncia forçada dos magistrados permitirá a criação da Corte Nacional de Justiça (CNJ), que será o nome, segundo a nova Carta Magna, da principal entidade da função jurisdicional.

Dos 31 magistrados que fizeram parte da CSJ, o regime de transição estabelece que 21 deles farão parte da CNJ, embora alguns dos juízes, contrários às mudanças nesse braço do Estado, tenham assegurado que não estariam dispostos a integrar o novo organismo.

Em recesso desde 25 de julho, a Assembléia Constituinte do Equador foi reinstalada ontem para escolher integrantes da Corte Nacional Eleitoral (CNE), do Tribunal Contencioso Eleitoral (TCE) e da Comissão Legislativa – espécie de Parlamento interino. Os três órgãos irão comandar a transição do país na aplicação da nova Constituição, em vigor desde segunda-feira.

Renúncias

Dos 130 integrantes da Assembléia Constituinte, mais de 80 integram o movimento governista Acordo País e outros grupos favoráveis ao presidente Rafael Correa. Por isso, o encontro do grupo, ontem, começou com a leitura de nove cartas de renúncias de constituintes que se opõem à instalação do regime de transição e que denunciam a falta de controvérsia nas discussões gerada pelo fato de a maioria ser governista.

No total, 114 constituintes participaram da reunião ontem, no Palácio Legislativo em Quito – que, conforme a nova Constituição, foi rebatizado de Assembléia Nacional. Logo após a instalação da sessão e a leitura das renúncias, o presidente da Assembléia Constituinte, o governista Fernando Cordero, suspendeu os trabalhos para que os legisladores analisassem os nomes de candidatos a integrar o CNE.

O CNE, uma vez instalado, será o responsável por organizar as próximas eleições gerais do país, que ocorrerão no primeiro trimestre de 2009. Correa deve concorrer à reeleição.

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