Ao menos oito líderes autoritários africanos deixaram o poder, seja por meio de golpes, de assassinatos ou de revoltas populares| Foto: MARCO LONGARI/AFP

Robert Mugabe renunciou na terça-feira (21) à Presidência do Zimbábue, colocando fim a 37 anos de ditadura no país.  Com isso, ele se juntou a uma longa lista de líderes autoritários africanos que deixaram o poder, seja por meio de golpes, de assassinatos ou de revoltas populares.  

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Conheça abaixo alguns dos principais ditadores africanos nestas condições:

Muammar Gaddafi - Líbia (1969-2011)  

Governou a Líbia por 42 anos, após um sangrento golpe militar levá-lo ao poder em 1969. Implantou uma ditadura de ares socialistas e matou milhares de opositores. Foi assassinado por rebeldes em 2011, em meio à Primavera Árabe.  

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Hosni Mubarak - Egito (1981-2011)  

Era vice do presidente Anwar Sadat, assassinado em 1981. Assumiu o poder e implementou uma ditadura militar marcada pela corrupção e pela repressão aos opositores. Foi forçado a renunciar em 2011, em meio aos protestos da Primavera Árabe que tomaram o Cairo.  

Idi Amin - Uganda (1971-1979)  

Assumiu após um golpe militar e liderou a mais sangrenta ditadura do continente. Estima-se que os mortos por seu regime cheguem a 500 mil. Fugiu do país durante a guerra com a Tanzânia, buscou refúgio na Líbia e depois na Arábia Saudita, onde morreu em 2003. 

Sékou Touré - Guiné (1958-1984)  

Primeiro presidente eleito da Guiné, em 1958, baniu todos os partidos políticos exceto o seu. Acusado de diversos casos de execuções extrajudiciais, morreu em 1984 após sofrer um ataque cardíaco.  

Hissène Habré - Chade (1982-1990)  

Depôs o recém-eleito presidente Oueddei em 1982 e liderou um regime acusado de matar 40 mil opositores e torturar 200 mil pessoas em oito anos. Foi deposto pelo seu ex-comandante das Forças Armadas, Idriss Déby, que governa o Chade até hoje.  

Francisco Macías Nguema - Guiné Equatorial (1968-1979)  

Primeiro presidente do país, executou membros da própria família, ordenou a morte de vilarejos inteiros e proibiu que os cidadãos deixassem o país. Foi deposto pelo próprio sobrinho, Teodoro Obiang Nguema, que condenou o tio ao fuzilamento por genocídio.  

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Sani Abacha - Nigéria (1993-1998)  

Chegou ao poder depois que a eleição de 1993 foi anulada. Derrubou a inflação e aumentou as reservas do país, mas violou direitos humanos e aprisionou grande parte dos opositores. Morreu em 1998 no palácio presidencial em circunstâncias não esclarecidas.