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Mujica (à esq.) faz um brinde com o presidente chinês, Xi Jinping | Reuters/Jason Lee
Mujica (à esq.) faz um brinde com o presidente chinês, Xi Jinping| Foto: Reuters/Jason Lee

O presidente do Uruguai, José Mujica, que encerrou nesta terça-feira (28) uma visita de quatro dias à China, convidou os habitantes do país asiático a provar o assado uruguaio, uma iguaria que ele mesmo classificou como: "a melhor comida do mundo, sem discussão".

Em um discurso no "Dia do Uruguai" da feira internacional chinesa para o comércio de serviços (CIFTIS), realizada no norte de Pequim, Mujica convidou a população chinesa a descobrir o Uruguai e conhecer um país "vazio e surpreendente".

Segundo sua opinião, a globalização "impõe o conhecimento da diversidade, de culturas e tradições, sendo todas válidas".

Entre os atrativos do Uruguai, Mujica lembrou que, no momento em que a China se encontra em pleno inverno, com temperaturas abaixo dos vinte graus negativos, o Uruguai está em pleno verão, sendo que suas "praias são um convite à vida".

Mujica também defendeu o Uruguai com um argumento muito convincente na China, país no qual a comida é um dos pilares mais básicos da cultura: a excelência de sua cozinha.

"Tem a melhor comida do mundo, sem discussão", assegurou o líder, quem acrescentou que, após provar a carne uruguaia, as comunidades asiáticas já instaladas no país latino-americano deixaram seus costumes milenários e se transformaram em fans de assado.

"É muito difícil encontrar um poema mais convincente que a grelha, um símbolo da familiaridade", sustentou Mujica.

"Conheço a parte de algumas colônias asiáticas - algumas viviam em meu bairro - e posso assegurar que seus costumes asiáticos ficaram pelo caminho quando passaram a comer carne como se come no Uruguai", apontou o presidente.

Segundo números do banco de investimento Rabobank, no primeiro trimestre de 2013, as vendas de carne bovina uruguaia à China aumentaram 260%.

De acordo com Mujica, "o mundo do futuro deve cultivar a paz, e a paz só é possível ser alcançada quando se cultiva a tolerância no diverso".

"Nós latino-americanos e, em particular, uruguaios temos muito que aprender com a perseverança e o sentido coletivo dos asiáticos", finalizou Mujica.

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